sexta-feira, 8 de julho de 2011

Das condições da Igreja e o papado - João Hus

Artigos do tratado contra o ‘magister’ Estêvão (Stephan) Paletsch

"1. Se um papa, bispo ou prelado se encontra em estado de pecado mortal, não continua sendo papa, bispo ou prelado.

2. A graça da eleição é o laço que une indissoluvelmente o corpo da igreja e a cada um dos seus membros com a cabeça.

3. Se um papa for mau ou, inclusive, abjeto, então é - igual ao apóstolo Judas - um diabo, um ladrão e um filho da podridão.
4. ... e um pastor só de nome.

5. Um papa não é e não pode ser chamado 'santíssimo' como resultado do seu ministério, porque se assim fosse, também poderiam chamar ao rei ‘santíssimo' como resultado do seu ministério, e torturdores, guerreiros e diabos poderiam ser chamados 'santos'. 

6. Se um papa levar uma vida contrária a Cristo, chegou ao seu cargo não por Cristo mas por outra via, ainda que, visto humanamente, sua eleição tenha sido legítima, canónica e de acordo com as normas.

7. A condenação dos quarenta e cinco artigos do Wyclif pelos doutores não é razoável nem justa, e o motivo citado por eles - que nenhum dos artigos é católico, pelo contrário, cada um é herético, errado ou molesto – é inventado.

Artigo do tratado contra o ‘magister’ Estanislao de Znaim (Stanislav von Znaim)

8. Não existe nem o menor indício de que tenha de haver uma cabeça que oriente a Igreja em assuntos espirituais e esteja sempre presente na a igreja beligerante.

9. Sem essas cabeças estranhas, Cristo orientaria a Sua igreja melhor através dos seus discípulos em todo mundo.

10. Pedro não era o pastor geral das ovelhas de Cristo, e tampouco era bispo romano.

11. Os Apóstolos e os sacerdotes fiéis ao Senhor dirigiram eficientemente a Igreja em todos os assuntos importantes para a salvação antes de que se fosse introduzido o ministério papal. E assim o fariam até ao dia do juízo, se o papado acabasse por alguma razão possível.

FONTE: Da internet (Segundo uma edição alemã do ano de 1968)

João Hus (Huss) nasceu em Hussinetz, na Boémia, por volta de 1370 e morreu em 6 de julho de 1415 na fogueira em Constança.








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