quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sobre o Amor a Deus

Spurgeon

Existe algumas graças que, em seu vigor, não são absolutamente essenciais para a pura existência da vida espiritual, ainda que são muito importantes para seu crescimento sadio; porem, o amor a Deus tem que estar no coração, ou do contrário, não há ali nenhuma graça de nenhum tipo. Se alguém não ama a Deus, não é um homem renovado. O amor a Deus é uma marca que está sempre posta sobre as ovelhas de Cristo, porem, que não está nunca posta sobre ninguém mais. Ao refletir sobre essa importantíssima verdade, quero que considerem o contexto do texto. Encontrarão no sétimo versículo desse capítulo que o amor a Deus é estabelecido como um indispensável sinal do novo nascimento. "Qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus." (1 João 4:7) Então, não tenho nenhum direito a crer que sou uma pessoa regenerada a menos que meu coração ame a Deus verdadeira e sinceramente. Seria vão que eu, se não amasse a Deus, citasse o certificado que registra uma cerimonia eclesiástica e afirmasse que isso me regenerou. Certamente não fez isso, pois de outra forma se teria apresentado o seguro resultado disso. Se eu fui regenerado, poderia não ser perfeito, porem sim posso dizer isso: "Senhor, tu sabes tudo; sabes que te amo".

Quando pela fé recebemos o privilégio de converter-nos em filhos de Deus, recebemos também a natureza de filhos e com amor filial clamamos: "Abba, Pai!" Essa regra não tem nenhuma excessão. Se um homem não ama a Deus, tampouco nasceu de Deus. Mostre-me um fogo sem calor e então podem me apresentar uma regeneração que não produz amor a Deus, pois assim como o sol tem que gerar sua luz, assim uma alma que pela graça divina foi criada de novo, tem que manifestar sua natureza mediante um sincero afeto para com Deus. "Necessários vos é nascer de novo" porem vocês não nasceram de novo a menos que amem a Deus. Quão indispensável é o amor a Deus.


tradução: Armando Marcos

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Usos corretos a partir de visões corretas em relação a doutrina do Pecado - Bispo Ryle

a) Em primeiro lugar, uma visão escriturística do pecado é um dos melhores antídotos para um tipo de teologia vaga e nebulosa que é tão comum: ' algo de Cristo, algo sobre a graça, algo sobre a fé'. Essa teologia nebulosa não exerce nenhuma influência na vida cotidiana nem proporciona paz na hora da morte. Os que se submetem a um tipo de teologia assim frequentemente se dão conta muito tarde que não existe nada sólido ou real em sua religião.

Os seres humanos não olharão resolutamente ao céu nem viverão como peregrinos aqui abaixo enquanto não sintam realmente que estão em perigo de irem ao inferno por causa de seus pecados. Podemos estar certos de que as pessoas  jamais virão  a Jesus, não estarão com Ele nem viverão para Ele, se não souberem a razão pela que precisam vir. Aqueles que o Espírito Santo atrai a Cristo são os mesmo aos quais lhes é infundida uma convicção de sua pecaminosidade.

b) Uma visão bíblica do pecado é o melhor antídoto para contrariar a teologia liberal e modernista. A tendência dessa teologia é rejeitar todas as declarações dogmáticas de verdade e tentar nos convencer de que tudo é verdade, que todo o mundo está no correto e que eventualmente o mundo será salvo. A expiação de Cristo, a personalidade do demônio, os milagres que as Escrituras relatam, a realidade e a eternidade do castigo futuro, todas essas verdades foram descartadas pela errônea crença de que ao fazê-lo farão que o cristianismo seja mais aceitável diante das ideias modernas de hoje.

c) Uma visão escriturística do pecado é o melhor antídoto para um tipo de cristianismo cerimonial e formal. Um menininho fica satisfeito com os brinquedos e com diversos objetos de criança no entanto que não esteja com fome. O mesmo acontece conosco nos assuntos da alma. Uma vez que uma pessoa entende seu pecado e sua necessidade de um Salvador, então, a música, as flores, as vela, o incenso, os pendões e as cerimonias elaboradas pelo homem  parecerão um triste desperdício de tempo.

d) Uma visão escriturística do pecado é o melhor antídoto contra a teoria da perfeição livre de todo pecado. Por todos os meios temos de apontar ao mais alto sublime. Porem, se as pessoas falam seriamente quando dizem que nesse mundo um crente pode viver por anos e anos em uma inquebrantada comunhão com Deus, devo dizer que tal visão não é bíblica e é perigosa. "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós." (1 João 1:8)

e) Uma visão escriturística do pecado é o melhor antídoto contra as visões rasteiras da santidade pessoal. Durante muito tempo tive uma triste convicção de que a norma de vida cotidiana entre os cristãos professos foi a deriva paulatinamente. Poderia ser que o incremento das riquezas tenha introduzido uma praga de mundanalidade e um gosto por sentir-se amplitudes. Pudera ser quer a controversia religiosa tenha murchado nossa vida espiritual. seja que razão fosse, há ocorrido ultimamente uma regra mais baixa de santidade pessoal da que só se fazia aparecer nos dias de nossos pais. Estou convicto de que o primeiro passo para alcançar uma norma mais alta de santidade é dar-se conta de forma mais ampla do quanto surpreendente é a pecaminosidade do pecado.

tradução: Armando Marcos

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Pecado: Origem, Natureza e Alcance


Bispo J.C.Ryle
trechos do livro "Aspectos de la Santidad": você pode achar o texto completo no livro "Santidade" vendido pela Editora Fiel


A Origem e a Fonte do Pecado


Nossa pecaminosidade não começa desde fora de nós, mas sim de dentro. Não é o resultado de uma má educação nos primeiros anos; não é algo copiado de maus companheiros e de maus exemplos. Não! É uma enfermidade familiar com a qual nascemos, herdada de nossos primeiros pais: Adão e Eva. "Por um homem entrou o pecado no mundo" (Romanos 5:12). O mais belo bebê nascido esse ano não é "um pequenino inocente", mas sim um pequenino pecador. Só observem como se desenvolve e cresce e logo verão nele os germes do engano, do mal caráter, do egoismo, do capricho, da obstinação, da avareza, dos zelos e da paixão, que, se são tolerados e ficam sem correção, crescerão tão rápido como a erva daninha no jardim. Quem ensinou essas coisas a criança? Só a Bíblia pode responder essa pergunta! "Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem." (Mateus 7:21-23)



Alcance do Pecado


Não devemos cometer nenhum equivoco sobre isso: a unica base segura para nosso entendimento é o que a Bíblia ensina."Toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente."(Genesis 6:5), "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso" (Jeremias 17:9). O pecado é uma enfermidade que invade todas as faculdades de nossa mente: o entendimento, os afetos, os poderes de raciocinio e a vontade, todos estão infectados. Inclusive a consciência está cega de tal forma que não é possível confiar nela como um guia seguro para o reto comportamento, a menos que seja iluminada pelo Espírito Santo.

Tudo isso pode ficar oculto por uma aparência exterior de cortesia. É verdade que muitos seres humanos possuem algumas nobres faculdades e mostram uma imensa capacidade para alcançar a excelência nas artes, na ciência e na literatura. Porem, é um fato de que nas coisas espirituais estamos 'mortos'. Naturalmente não temos temor nem amor de Deus em nossos corações. O melhor em nós está tão misturado com a corrupção, que o contraste unicamente serve para demonstrar o alcance do pecado em nós.

O poder do pecado é tal que, até mesmo depois de ter experimentado a conversão pela obra do Espírito Santo em nossas vidas, sentimos ainda sua força. Nunca nos desfizemos das raízes do pecado em nós. Quanto aos crentes, podemos estar certos é que o pecado está debilitado e contido pela graça de Deus em nós. Porem, temos que diariamente pelejar a batalha entre ops desejos dfa carne e do espirtito, e isso é um testemunho do enorme poder e da vitalidade do pecado.



Maldade do Pecado


Eu não creio que nós, com nossa inadequada concepção do pecado, possamos jamais captar sua extrema feiura aos olhos de Deus. Um cego não pode notar a diferença entre uma obra de arte famosa e um rude sinal em uma aldeia; um surdo não pode notar a diferença entre um simples apto e um grande orgão.

Temos que fixar em nossas mentes o que o profeta diz sobre Deus: "Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal" (Habacuque 1:13), e que, portanto, "a alma que pecar, essa morrerá." (Ezequiel 18:4). Inclusive dos lábios de Jesus temos as palavras: "E irão estes para o tormento eterno" (Mateus 25:46). Estas são palavras terríveis quando consideramos que estão escritas no livro de um Deus misericordioso!


FONTEBispo J.C.Ryle




O Pecado: considerações e consequências - Bispo Ryle


Bispo J.C.Ryle
trechos do livro "Aspectos de la Santidad": você pode achar o texto completo no livro "Santidade" vendido pela Editora Fiel


O Pecado: Devemos entender o que ele é


Porque o pecado é transgressão da lei. (1 João 3:4 , versão católica)

Um correto entendimento do pecado é a base de um verdadeiro entendimento do cristianismo. Sem isso, tais verdades como a justificação, conversão, santificação, são somente palavras e nomes. O primeiro que Deus faz quando atrai as pessoas para Si, é fazê-las reconhecer interiormente que são pecadoras culpáveis. Assim como a criação do mundo começou com a chegada da luz (Gênesis 1:3), assim a nova consciência de pecado é o começo da recriação espiritual de uma pessoa. Deus brilha em nossos corações pelo Espírito Santo, e então começa nossa vida espiritual (2 Corintios 4:6)



Algumas definições


O pecado é essa vasta enfermidade mortal que afeta a raça humana toda. Um pecado consiste em fazer, dizer, pensar ou imaginar qualquer coisa que não se conforme perfeitamente à mente e à lei de Deus. A mais ligeira separação, externa ou interna, do completo acordo com a vontade e o caráter revelados de Deus, é um pecado, e de imediato nos faz culpáveis aos Seus olhos. É muito fácil quebrar a lei de Deus em pensamento ou desejo, ainda quando não exista um ato visível de impiedade. Nosso Senhor estabeleceu esse ponto mais além de toda disputa em Seu sermão do monte (Mateus 5: 21-28)


É também fácil quebrar a lei de Deus quando se omite de fazer o que Ele exige. Jesus deixou isso muito claro tambem "Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;" (Mateus 25:42). E devo  recordar-lhes que é possível cometer alhum pecado, e, no entanto, ser ignorante dele. Ao povo de Deus, Israel, lhes foi instruído que existe pecado de ignorância (Levítico 4) o qual foi confirmado por nosso Senhor quando Ele disse: "Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado" (Lucas 12:48) Faríamos bem em lembrar que nosso conhecimento imperfeito não é a verdadeira medida de nossa pecaminosidade.




domingo, 21 de agosto de 2011

A Necessidade da Regeneração (sermão inédito de Charles Spurgeon)


Nº 3121
Sermão pregado na noite do Domingo, 29 de novembro de 1874
Por Charles Haddon Spurgeon

No Tabernáculo Metropolitano, Newington, Londres.

E republicado em 3 de Dezembro de 1908


“Não se surpreenda pelo fato de eu ter dito: É necessário que vocês nasçam de novo.” João 3:7


Não precisamos nos espantar com a existência de alguns mistérios em nossa santa fé, pois existem mistérios em todos os lugares. Na natureza há milhares de coisas que não podemos compreender. Em nossos próprios corpos há mistérios inexplicáveis. Se refletirmos apenas por um instante, há mistérios até mesmo em questões tão comuns, como a de um alimento que é gradualmente digerido e absorvido por nosso organismo até ser transformado em carne. Quão impossível seria para nós fazê-lo através de qualquer processo químico ou pelo uso de aparelhos mecânicos, vemos que há mistério em cada ser humano – uma câmara secreta em que os olhos humanos não conseguem contemplar. Há mistérios em torno de nós neste exato momento. Se formos para fora deste edifício,  assim como Nicodemos (João 3:8) podemos observar que o vento sopra. Nós sabemos que o vento sopra, pois podemos ouvi-lo; mas não sabemos de onde ele vem ou para onde vai. Portanto, há mistérios na Natureza, há mistérios em nossos próprios corpos, e há mistérios em torno de nós, mesmo nas coisas mais simples, logo não é estranho haver mistérios no Reino de Deus!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sofrimento e Consolo


Tomado do livro Words of Cheer for Daily Life
Charles H. Spurgeon - 1890

Assim como o sofrimento de Cristo habita em nós, de igual modo habitam as consolações de Cristo. Esta é uma proporção abençoada. Deus mantém sempre duas balanças – de um lado Ele coloca as tribulações do seu povo e do outro põe as consolações.

Quando a balança da tribulação está quase vazia, você sempre encontrará a balança do consolo praticamente na mesma condição. Esta é uma observação prática na vida. É o mistério de que quando vem a noite, as luzes brilham mais. Quando vem a tempestade é quando o comandante do barco mais se aproxima de sua tripulação. É uma benção o fato de que quando estamos mais deprimidos é quando mais podemos ser elevados pelo consolo de Cristo.

As dificuldades abrem mais espaço para o consolo. Nada existe que torne mais generoso o coração de um homem do que uma grande dificuldade. Sempre observei que as pessoas miseráveis, mesquinhas, com um coração do tamanho de um grão de mostarda, nunca enfrentaram grandes dificuldades.  Tenho visto que as pessoas que não têm misericórdia para com seus semelhantes – que nunca choram com a tristeza dos outros – muito poucas vezes sofreram grandes problemas. Os corações grandes só são criados por grandes dificuldades. A enxada da dificuldade cava mais fundo o reservatório do consolo. Deus vem ao nosso coração – e o encontra cheio – e se começa a esvaziar o nosso conforto - é para que surja mais espaço para a graça. Quanto mais humilde for o homem, mais conforto ele terá.

Quanto mais abaixados estivermos, mais próximos do chão estivermos, mais nossas dificuldades nos tornarão humildes – e tanto mais estaremos habilitados a receber consolo, e Deus sempre nos dá o conforto quando mais precisamos dele. Esta é uma razão porque o consolo aumenta na proporção de nossas dificuldades.

Onde mais cai a chuva mais cresce a grama verde. Não diga que as flores morreram, que o inverno acabou com elas, que elas desapareceram. Mesmo que o inverno as tenha coberto com seu manto de neve, elas vão ressurgir de novo em toda a sua beleza. Não diga que o sol desapareceu apenas porque ele foi encoberto pelas nuvens. Ele continua lá atrás, aquecido para o verão que virá até você, e quando ele vier as nuvens serão desfeitas em chuvas, que irão de novo regar as flores.

Acima de tudo, quando parecer que Deus escondeu o Seu rosto divino, não diga que Ele esqueceu de você; Ele está demorando para que você o ame mais ainda, e quando Ele vier você irá se alegrar no Senhor, com indescritível felicidade. A espera desenvolve nossa graça; a espera testa nossa fé. Espere, pois, com esperança; pois ainda que a promessa tarde, ela nunca virá tarde demais.

Uma outra razão para nos sentirmos melhor com nossas dificuldades é que nestas ocasiões nos aproximamos mais de Deus.  Quando os celeiros estão cheios, o homem pode viver sem Deus; quando a carteira está estufada com dinheiro, nós até podemos passar sem oração. Mas quando nosso bem-estar ou nossos bens são perdidos, é quando queremos nosso Deus; quando os ídolos terrenos que adoramos em nossas casas são removidos, queremos ir adorar Jeová.  Alguns de nós não oramos a metade do que deveríamos.

Quando tudo vai bem esquecemos de Deus. DEUTERONOMIO 32:15 - MAS, ENGORDANDO-SE O MEU AMADO, DEU COICES; ENGORDOU-SE, ENGROSSOU-SE, FICOU NÉDIO E ABANDONOU A DEUS, QUE O FEZ, DESPREZOU A ROCHA DA SUA SALVAÇÃO. Mas cessem suas esperanças, desapareçam suas alegrias, repouse seu filho em um caixão, sejam dizimadas suas colheitas, fuja o seu rebanho do curral, desapareça o chefe da família, fiquem os filhos órfãos – e aí então Deus será o Deus.  SALMO 130:1 – DAS PROFUNDEZAS CLAMO A TI, SENHOR. ESCUTA, SENHOR, A MINHA VOZ; ESTEJAM ALERTAS OS TEUS OUVIDOS ÀS MINHAS SÚPLICAS.

Não existe súplica maior do que aquela que surge do pé da montanha, nenhuma prece maior do que a vem do fundo da nossa alma sofrida e aflita. E é por isso que ela mais nos aproxima de Deus, e nos alegramos por estarmos próximos de Deus. Por isso, quando aumentam nossas tribulações elas nos levam a Deus e é então que o consolo Divino nos enlaça.

Há quem chame as dificuldades de um peso enorme. E é o que são na verdade. Um navio que tenha grandes velas e navegue com vento forte precisa de um lastro. As dificuldades são o lastro de um crente. Os olhos são as bombas que lançam fora de sua alma a água que o vai inundando, o que o impede de afundar. O arreio é que prende o cavalo e evita que pule fora da cerca, como são sempre tentados a fazer. Arreios são necessários para evitar que se percam, e por isso Deus prende com aflições aqueles a quem quer manter perto de Si, para preservá-los em sua Divina presença. Abençoado seja o fato de que quando nossas aflições crescem, cresce também o nosso consolo.




terça-feira, 16 de agosto de 2011

Os Cinco Fundamentos da Educação Contemporânea:

por Francisco Brito

1. Negação da Criação: Isso ocorre principalmente por meio de doutrinação evolucionista. É possível que menos de 99% das pessoas comuns consigam explicar o dogma evolucionista de forma adequada, mas se você não o confessar, estará excomungado da “ekklesia” dos intelectualmente respeitáveis. É de fundamental importância sabermos esse dogma, pois ele é a base dos outros 4 pontos. 

 2. Negação da Providência Ativa de Deus Sobre o Cosmos: Isso ocorre principalmente por meio do dogma do materialismo/naturalismo. É uma conclusão lógica da negação do criacionismo e substituição pela origem em forças caóticas e naturais. Se foi assim em sua origem, assim será para todo o sempre. Tudo o que existe é o mundo material e mesmo que a gente diga que há uma dimensão espiritual, fazemos de conta que não existe principalmente quando vamos estudar as coisas "de verdade". 

 3. Negação da Lei de Deus:   Isso ocorre por meio do dogma do relativismo. É uma conseqüência lógica do primeiro e do segundo ponto. Se não existe criação, nem Deus regendo nada, não existe nenhum padrão moral absoluto sob o qual devamos estar submetidos e por isso temos a autoridade e o poder de mudar o que bem quisermos segundo a nossa própria vontade. 

 4. Negação do Inferno:   Isso está implícito no fato da educação ter como objetivo final o hedonismo, cuja máscara é a soberania do sucesso financeiro. Tudo está voltado para isso. O objetivo sempre foi o de promover o sucesso e a satisfação pessoal, pois já que não há conseqüências eternas e irreversíveis para os meus atos, os meus valores devem ser medidos unicamente pela minha auto-satisfação. 

 5. Negação do Reino Deus como Perspectiva para o Futuro:  O otimismo histórico não existe em torno do estabelecimento do Reino de Deus, mas em torno do estabelecimento do Reino do Humanismo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Exegese amigável das palavras do Senhor para Martinho Lutero (1537)


Ulrico Zwinglio
Você chama nosso ensino de veneno destrutivo; a mim porém me parece que a alegação, que a carne de Cristo é comida corporalmente na Eucaristia, é a verdadeira destruição e a verdadeira peste, e cuja divulgação deve destruir o Evangelho. Se isto fortalecer a fé e puder absolver pecados, então voltaremos com isto ao serviço da obra. Confiar em Cristo, o Filho de Deus, é o remédio salutar contra as feridas do pecado, não comer sua carne.
Não fazemos de Cristo um mentiroso, quando interpretamos suas palavras segundo suas próprias palavras e com base em Jo 6:63 (a carne é inútil) negando que a carne de seu corpo é dada para nós na Santa Ceia com as palavras: este é meu corpo. Antes estamos seguros segundo a regra e o entendimento mais simples da fé que Cristo não nos deu nada carnal, onde a justiça não pode ser presenteada através de uma mediação carnal. Os que conferem à carne o que somente cabe ao espírito, e contra as palavras de Cristo novamente introduzem uma justiça exterior, ganham a repreensão.
Vocês confundem fé com assentimento. Esta é a fé salutar, que crê que Jesus é o Filho de Deus e nele confia. Mas onde está ordenado nas Escrituras crer, que aqui seu corpo é comido e seu sangue é bebido? Por que abusam desta forma a crença na Palavra? A essência da fé é invertida quando a confiança em Cristo como Filho de Deus com a fé que o corpo de Cristo é comido se tornam lei.
Nós devemos nos lembrar, que temos Deus como espectador nesta luta, e que é melhor que nós mesmos para ver em qual espírito todos nós agimos, e que será nosso juiz, não apenas do povo alemão mas de toda nossa era, todos os séculos vindouros até o futuro do Senhor, que julgará mais justamente e mais retamente estas coisas, quanto mais distantes das paixões vocês estiverem, mais elas agora nos rodeiam.
Séculos futuros, a vocês recorro, que vocês decidam com julgamento incorruptível sobre esta questão.



quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O SENHOR te abençoe e te guarde (Spurgeon)



O SENHOR te abençoe e te guarde.” (Nm 6:24 ACF)

Esta primeira parte da bênção do Sumo Sacerdote é, na sua essência, uma promessa também. Essa bênção que o nosso grande Sumo Sacerdote pronuncia sobre nós certamente terá o seu efeito, porque expressa a vontade de Deus.

Que delícia é viver sob a bênção divina! Isto infunde um aroma delicioso a todas as coisas. Se somos benditos, todos os nossos bens e todas as nossas alegrias serão benditas; as nossas perdas e aflições também o serão. A bênção de Deus é profunda, real, efectiva. A bênção do homem pode consistir só em palavras; porém a benção de Deus enriquece e santifica. Aquilo que de melhor desejamos para o nosso melhor amigo, não é que abunde na prosperidade, mas que o Senhor o abençoe.

Do mesmo modo, uma coisa deliciosa é sermos guardados por Deus: guardados por Ele, guardados nEle e guardados perto dEle. Aqueles a quem Deus guarda estão bem guardados, porque são guardados do mal e reservados para a felicidade eterna. A guarda de Deus vai acompanhada da bênção divina com o fim de estabelecê-la e de confirmá-la.

O desejo que move o autor deste livro é que quantos leiam estas linhas obtenham estas ricas bênçãos e gozem deste divino amparo


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Faith's Checkbook—C. H. Spurgeon

www.spurgeon.org 
Livro de Cheques do Banco da Fé 
Tradução de Carlos António da Rocha
É PROIBIDA A REPRODUÇÃO DESTE TEXTO SEM CITAR NA ÍNTEGRA ESTA FONTE

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Bíblia é a Palavra de Deus desde que...

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 1 de maio de 2011

A Bíblia é a Palavra de Deus, desde que:

1. Não nos fale da criação. O mundo simplesmente aconteceu, e a evolução é um fato. Subordinando a Bíblia a esta teoria, tudo bem.

2. Não nos fale de pecado e depravação da raça humana. Isso é medieval. As pessoas são boas. Precisam apenas desenvolver o seu potencial. O único pecado é a falta de amor.

3. Não nos fale de igreja. Igreja já era. Podemos ser crentes sem os outros. O importante é a sinceridade. Vez por outra podemos ir à igreja, havendo tempo. A Bíblia não pode pedir compromisso. Seguir a Jesus é questão íntima.

4. Não nos ensine como viver. Submissão já era. Fidelidade conjugal é antinatural, porque os homens têm impulsos muito fortes. Manter um casamento com problemas é errado. Temos direito à felicidade. Tudo que impeça nossa felicidade é errado.

5. Não nos ensine a criar filhos. Disciplina é um absurdo. Reprime. Cada criança deve construir sua realidade. Nenhuma realidade externa deve ser imposta à criança. Basta ler Piaget.

6. Não combata homossexualismo. Ela deve ser reinterpretada neste tema. Há pessoas que não se aceitam, e querem ter um sexo que não têm. Elas podem ser preconceituosas contra sua situação real, mas a Bíblia não pode discordar delas. É preconceito.

7. Não seja usada para aconselhar. Para isso há Freud, Jung, Adler, Mortimer, Erickson, etc. Só ignorantes pensam que a Bíblia tem respostas para a vida real e que sua linguagem assertiva seja válida.

8. Não seja usada para formar pastores. Eles precisam aprender mais sociologia da religião que teologia bíblica e devem estudar a Bíblia por outra ótica que não seja como Palavra de Deus. Ela é produto de uma cultura e um livro como outro qualquer.

9. Não forneça uma linha para formar pastores. A pedagogia de Paulo não é válida em nosso tempo. Há Paulo Freire e boas diretrizes do MEC.

10. Não normatize o funcionamento da igreja. Igreja é empresa. Deve dar resultados, até lucro, e deve ser administrada por princípios gerenciais. Por que as cartas de Paulo, se temos Peter Drucker?

11. Não seja usada para fomentar missões. Todas as religiões são boas, salvam, e não devemos incomodar outros com a idéia de que devem mudar de religião. Isso é imperialismo cultural.

12. Não peça mudança de vida. Não se pode reprimir ninguém. As pessoas são como são, e tentar mudá-las é repressão.

13. Não seja um absoluto. Há o livro de Mórmon, os de Hellen White e Allan Kardec, as palavras de homens e mulheres especiais com revelações que superam a Bíblia. E nosso coração nos diz o que fazer. O livro “A cabana” pode ensinar mais que ela.

A Bíblia é a Palavra de Deus para ajudar, animar e mostrar nossos direitos como filhos do Rei. Mas não pode nos dizer o que fazer e ditar normas. Afinal, somos livres em Cristo. Assim pensam muitos. Para sua perdição.



FONTE: Recebida por email via boletim SolaScriptura-TT

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A finalidade do homem: A glória de Deus

um estudo curto de alguns tópicos sobre a glória de Deus na nossa vida, a partir de um estudo de Paul Washer sobre o tema: usamos como base a 1º pergunta do Catecismo de Westminster 



FONTE: Projeto Spurgeon - proclamando a Cristo cruciuficado

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O Senhor não deixa fora nenhum que vai a Ele


Spurgeon
Meditações vespertinas
30 de julho
“E o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”, João 6:37
Não foram colocadas limitações a esta promessa. Não diz apenas “nunca lançarei fora o pecador na sua primeira vinda”, mas antes “de maneira nenhuma o lançarei fora”. No original lemos assim. “Eu não lançarei, nunca lançarei fora”. Este texto significa e amplia a ida a Cristo para uma coisa segura, como se a pessoa nunca mais fosse desvendar razões para sair de lá de perto d’Ele. Mas esta promessa nunca será válida apenas na primeira vinda.
Mas suponhamos que um crente cai desgraçadamente em pecado após haver crido no seu Senhor e haver vindo a Ele. “Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. Mas suponhamos ainda que esses crentes caem mesmo e se tornam apóstatas? “Eu sararei a sua apostasia, Eu voluntariamente os amarei; porque a minha ira se apartou deles”, Os.14:4. Mas, os crentes podem cair em tentação? Olhe-se para isto: “Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar”, 1Cor.10:13.“E os purificarei de toda a iniquidade do seu pecado contra mim”, Jer 33:8.
“Uma vez em Cristo, nunca mais devo sair,
Nada em Seu amor pode me recusar”

Eu lhes dou a vida eterna e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão”, João 10:28. Que dizes tu disto ó mente temerosa? Não te basta a Sua misericórdia preciosa, que ao vir a Cristo não se vem apenas até alguém que te tratará bem durante algum tempo e te reenvie de volta para fora dos Seus átrios, mas antes te receberá ainda como noiva eterna? Não tenhas mais esse espírito de medo para tornar a temer, mas aquele Espírito de adopção pelo qual clamamos “Abba Pai!” Ó! Quão graciosas estas palavras “E de maneira nenhuma os lançarei fora!”

Spurgeon e o calvinismo

Algumas considerações sobre o Calvinismo na ótica de Charles Spurgeon 


(Para ler a "Defesa do Calvinismo", acesse http://www.luz.eti.br/spurgeon_umadefesadocalvinismo_pt.html) Gravei para o Projeto e compartilho aqui tambem


Abs
Armando