a) Em primeiro lugar, uma visão escriturística do pecado é um dos melhores antídotos para um tipo de teologia vaga e nebulosa que é tão comum: ' algo de Cristo, algo sobre a graça, algo sobre a fé'. Essa teologia nebulosa não exerce nenhuma influência na vida cotidiana nem proporciona paz na hora da morte. Os que se submetem a um tipo de teologia assim frequentemente se dão conta muito tarde que não existe nada sólido ou real em sua religião.
Os seres humanos não olharão resolutamente ao céu nem viverão como peregrinos aqui abaixo enquanto não sintam realmente que estão em perigo de irem ao inferno por causa de seus pecados. Podemos estar certos de que as pessoas jamais virão a Jesus, não estarão com Ele nem viverão para Ele, se não souberem a razão pela que precisam vir. Aqueles que o Espírito Santo atrai a Cristo são os mesmo aos quais lhes é infundida uma convicção de sua pecaminosidade.
b) Uma visão bíblica do pecado é o melhor antídoto para contrariar a teologia liberal e modernista. A tendência dessa teologia é rejeitar todas as declarações dogmáticas de verdade e tentar nos convencer de que tudo é verdade, que todo o mundo está no correto e que eventualmente o mundo será salvo. A expiação de Cristo, a personalidade do demônio, os milagres que as Escrituras relatam, a realidade e a eternidade do castigo futuro, todas essas verdades foram descartadas pela errônea crença de que ao fazê-lo farão que o cristianismo seja mais aceitável diante das ideias modernas de hoje.
c) Uma visão escriturística do pecado é o melhor antídoto para um tipo de cristianismo cerimonial e formal. Um menininho fica satisfeito com os brinquedos e com diversos objetos de criança no entanto que não esteja com fome. O mesmo acontece conosco nos assuntos da alma. Uma vez que uma pessoa entende seu pecado e sua necessidade de um Salvador, então, a música, as flores, as vela, o incenso, os pendões e as cerimonias elaboradas pelo homem parecerão um triste desperdício de tempo.
d) Uma visão escriturística do pecado é o melhor antídoto contra a teoria da perfeição livre de todo pecado. Por todos os meios temos de apontar ao mais alto sublime. Porem, se as pessoas falam seriamente quando dizem que nesse mundo um crente pode viver por anos e anos em uma inquebrantada comunhão com Deus, devo dizer que tal visão não é bíblica e é perigosa. "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós." (1 João 1:8)
e) Uma visão escriturística do pecado é o melhor antídoto contra as visões rasteiras da santidade pessoal. Durante muito tempo tive uma triste convicção de que a norma de vida cotidiana entre os cristãos professos foi a deriva paulatinamente. Poderia ser que o incremento das riquezas tenha introduzido uma praga de mundanalidade e um gosto por sentir-se amplitudes. Pudera ser quer a controversia religiosa tenha murchado nossa vida espiritual. seja que razão fosse, há ocorrido ultimamente uma regra mais baixa de santidade pessoal da que só se fazia aparecer nos dias de nossos pais. Estou convicto de que o primeiro passo para alcançar uma norma mais alta de santidade é dar-se conta de forma mais ampla do quanto surpreendente é a pecaminosidade do pecado.
FONTE: Aspectos de la Santidad
tradução: Armando Marcos
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